Gostaria de saber como o TDAH é diagnosticado pelo neurologista. Obrigada!!
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma patologia que fica na intersecção entre a neurologia, a neuropediatria e a psiquiatria.
As meninas tendem a apresentar um comportamento mais desatento, enquanto os meninos manifestam mais sintomas de hiperatividade. No primeiro caso, são crianças doces, gentis, mas com baixo desempenho escolar porque parecem viver no mundo da lua. Não se dedicam às tarefas e podem ser um pouco teimosos. Nos casos de hiperatividade, teremos os buscadores de emoções que sobem em telhado, brincam com fogo, atiçam o cachorro do vizinho, mexem com objetos perigosos como facas etc; e há também os buscadores de novidades que não permanecem mais do que poucos minutos em cada atividade, cansando-se rapidamente e procurando algo novo. Claro que essas manifestações apresentam-se em variadas proporções em cada pessoa e muitas crianças levam os sintomas para a vida adulta.
Há escalas que podem ser aplicadas pelo neurologista diretamente no paciente e outras destinadas aos familiares que ajudam na detecção dos sinais que caracterizam a síndrome.
Como é uma doença "da moda" temos que ficar atentos com o excesso de diagnósticos, seja pelos pacientes e familiares ou pelos médicos. Embora saibamos que há uma diminuição na atividade das projeções dopaminérgicas para os lobos frontais cerebrais, ainda há muito o que descobrir sobre a doença. No momento, temos facilidade em detectar os casos extremos, mas o limite entre o normal e o patológico está longe de ser bem compreendido.
As medicações usadas podem causar dependência química e psíquica, por isso devem ser prescrita de modo criterioso. Já a falta de tratamento pode diminuir as chances da criança concluir os estudos e até estar mais predisposta a drogadição.
Como é uma doença "da moda" temos que ficar atentos com o excesso de diagnósticos, seja pelos pacientes e familiares ou pelos médicos. Embora saibamos que há uma diminuição na atividade das projeções dopaminérgicas para os lobos frontais cerebrais, ainda há muito o que descobrir sobre a doença. No momento, temos facilidade em detectar os casos extremos, mas o limite entre o normal e o patológico está longe de ser bem compreendido.
As medicações usadas podem causar dependência química e psíquica, por isso devem ser prescrita de modo criterioso. Já a falta de tratamento pode diminuir as chances da criança concluir os estudos e até estar mais predisposta a drogadição.
Estamos à disposição dos interessados em saber mais sobre a doença.
6 comentários:
Meu filho tem 23 anos, e mesmo quando criança os professores e medico diziam que ele era preguiçoso, sempre percebi que tinha algo errado, mas diziam que estava errada. hoje percebo que pode ser TDAH. quais os exames clinicos para detectar a doença nesta fase? Os tratamentos alopaticos tem bons resultados?
Olá, Nilsa
Em primeiro lugar, o neurologista deve descartar outras causas ou doenças neurológicas que possam justificar o baixo desempenho cognitivo ou intelectual do paciente.
Depois disso, é preciso realizar uma avaliação adequado do funcionamento mental do paciente e caso as alterações encontradas sejam compatíveis, então se faz o diagnóstico de TDAH.
Existem algumas medicações disponíveis para o tratamento dessa doença, sendo os estimulantes do sistema nervoso central os mais importantes.
Novas medicações estão sendo testadas e parecem ter algum efeito benéfico.
É muito importante, todavia, compreender que só a medicação não resolve. Os melhores resultados combinam medicamentos com reabilitação cognitiva para o desenvolvimento de estratégias mais eficientes de aprendizado.
Saudações!
Boa noite!
Tenho lido muito sobre o assunto em busca de ajuda. Tenho 25 anos e convivo com minha irmã de 24 anos. Quando ela era criança as professoras da pré-escola incentivaram minha mãe a buscar um tratamento com psicólogo para minha irmã porque ela vivia no "mundo da lua". O tratamento foi feito por um curto período (meses) não apresentando melhoras significativas. Hoje, já adulta, sinto que as dificuldades dela anteriormente apresentadas se acentuaram e, pelo que li, tudo indica tratar-se de transtorno de déficit de atenção (ela já foi reprovada no psicoténico do detran por três vezes e, segundo a psicóloga, por apresentar atenção abaixo do mínimo necessário). Assim, busco ajuda especializada, mesmo porque, como o senhor mesmo disse, se o caso for mesmo esse, os medicamentos utilizados podem causar dependência química.
Percebi que o senhor formou-se em Londrina e estou procurando por um médico que possa me ajudar em Londrina. Se o senhor conhecer algum e puder me indicar, ou alguma clínica, serei muito grata, vez que o quadro da minha irmã, seja lá qual for, tem prejudicado sua convivência social e sua própria vida.
Grata desde já...
Há muitos neurologista com excelente formação em Londrina, portanto citarei alguns que conheço sob o risco de deixar de mencionar outros igualmente importantes.
Mas posso indicar sem receios os Drs. Luís Sidônio, José Ivan Cipoli Ribeiro e Ramón Kaimen Maciel.
Boa sorte!
Tenho um filho de 15 anos, deficiente auditivo e portador de TDAH, já tentei alguns tratamentos com estimulantes, quando o TDAH ainda era tratado como síndrome. Hoje meu filho não toma medicação alguma e não consegue um bom desempenho na escola, o tratamento pelo sistema público é demorado e difícil. Gostaria de saber de um profissional que pudesse dar um atendimento mais eficaz ao meu filho, que já se sente excluído pelo fato de estar na 6a. série. Muito Obrigada!
Olá Lucilene,
Existe um serviço de reabilitação neuropsicológica na UNIFESP que trata por faixas etárias as crianças, adultos e idosos. Procure se informar no Hospital São Paulo.
Abraços,
Dr. Roger
Postar um comentário