
Certamente há aqueles que possuem talentos únicos e que também conseguem obter as recompensas do emprego de suas aptidões. Mas a maioria permanece explorada ou porque não tem consciência de que tem algo especial a oferecer ou porque não percebe que está sendo submetida. Dessa forma, vemos muitos grandes líderes que nada seriam sem a base e o apoio daqueles que efetivamente têm talentos e que trabalham.
Conheci vários casos desses, mas um deles foi bastante emblemático. Trata-se de um famoso cirurgião cuja maior habilidade era a de fazer marketing propalando sua perícia enquanto, na verdade, seus assistentes realmente capazes permaneciam na obscuridade. O cirurgião não tinha o talento que exibia e teve ainda a felicidade de encontrar-se com alguém extremamente hábil mas que não se importava com o reconhecimento público nem notava que produzia fortunas sem ter direito a elas.
Parece que há pessoas cujo único talento é explorar outros talentos. Aparecem sempre bonitos na fotografia, bem arrumados, com trejeitos elegantes e sabem bajular os ricos e poderosos. Aliás, essa é outra característica dessas pessoas, os interesses lhes movem o humor e desdenham consistentemente dos subalternos. Abramos os olhos para esses, pois caso contrário permitiremos que ganhem notoriedade e extendam seus domínios para explorar cada vez mais pessoas.
Voltando à China, fama, riqueza e poder são os motores e as metas de tais pessoas, exatamente os três venenos do ser humano, para a cultura antiga do Extremo Oriente hoje também já sucumbido aos valores individualistas da sociedade contemporânea.
A solução descoberta pelos sábios taoistas foi a da não-interferência, o não-lucro, o anonimato, a simplicidade. Exatamente o contrário da solução ocidental que seria a de encontrar os meios para se desvencilhar dos usurpadores e aprender a lucrar por si mesmo.
O dilema moral/espiritual dos que se empenham no bem é que para transformar talento em lucro, precisamos gastar nossa energia vital que poderia ser melhor utilizada na realização daquele mesmo talento em benefício do mundo. Por isso a opção pela pobreza ou pela vida modesta daqueles que trilham os caminhos superiores. É o caminho dos bodhisattvas, dos cristãos antigos e até de profetas modernos como Mahatma Gandhi. De fato, não há como servir a Deus e a Mamon (money) ao mesmo tempo.
Cabe aqui ressalvar que quem tem algum talento não deve ficar enfatuado por isso. Ao contrário, a atitude de humildade é essencial para a conservação e aplicação de seus dons. Lembrando de Nietzsche, façamos como seu Zaratustra que ensinava a não dar um nome para sua virtude, para evitar que se estabeleçam termos de comparação com os outros, o que acarreta sua destruição. Apenas vivamos conforme nossa virtude.
Seguindo, portanto, os conselhos da sabedoria antiga, dizemos aos possuidores de talentos e virtudes: "façam de suas aptidões uma doação em benefício do mundo". Essa é a única maneira de não cair no engodo do lucro, nem ser explorado por quem já é vassalo do capital. É isso mesmo! Dê de graça, assim ninguém poderá lhe roubar. Conserve-se vazio e aberto, ofereça o que tem de melhor sem esperar recompensa ou reconhecimento. Não serão os Céus que lhe trarão o pagamento, mas a própria liberdade decorrente de sua atitude será o motivo da sua felicidade.
Parece que há pessoas cujo único talento é explorar outros talentos. Aparecem sempre bonitos na fotografia, bem arrumados, com trejeitos elegantes e sabem bajular os ricos e poderosos. Aliás, essa é outra característica dessas pessoas, os interesses lhes movem o humor e desdenham consistentemente dos subalternos. Abramos os olhos para esses, pois caso contrário permitiremos que ganhem notoriedade e extendam seus domínios para explorar cada vez mais pessoas.
Voltando à China, fama, riqueza e poder são os motores e as metas de tais pessoas, exatamente os três venenos do ser humano, para a cultura antiga do Extremo Oriente hoje também já sucumbido aos valores individualistas da sociedade contemporânea.
A solução descoberta pelos sábios taoistas foi a da não-interferência, o não-lucro, o anonimato, a simplicidade. Exatamente o contrário da solução ocidental que seria a de encontrar os meios para se desvencilhar dos usurpadores e aprender a lucrar por si mesmo.
O dilema moral/espiritual dos que se empenham no bem é que para transformar talento em lucro, precisamos gastar nossa energia vital que poderia ser melhor utilizada na realização daquele mesmo talento em benefício do mundo. Por isso a opção pela pobreza ou pela vida modesta daqueles que trilham os caminhos superiores. É o caminho dos bodhisattvas, dos cristãos antigos e até de profetas modernos como Mahatma Gandhi. De fato, não há como servir a Deus e a Mamon (money) ao mesmo tempo.
Cabe aqui ressalvar que quem tem algum talento não deve ficar enfatuado por isso. Ao contrário, a atitude de humildade é essencial para a conservação e aplicação de seus dons. Lembrando de Nietzsche, façamos como seu Zaratustra que ensinava a não dar um nome para sua virtude, para evitar que se estabeleçam termos de comparação com os outros, o que acarreta sua destruição. Apenas vivamos conforme nossa virtude.
Seguindo, portanto, os conselhos da sabedoria antiga, dizemos aos possuidores de talentos e virtudes: "façam de suas aptidões uma doação em benefício do mundo". Essa é a única maneira de não cair no engodo do lucro, nem ser explorado por quem já é vassalo do capital. É isso mesmo! Dê de graça, assim ninguém poderá lhe roubar. Conserve-se vazio e aberto, ofereça o que tem de melhor sem esperar recompensa ou reconhecimento. Não serão os Céus que lhe trarão o pagamento, mas a própria liberdade decorrente de sua atitude será o motivo da sua felicidade.
Sem esperar nada, jamais sentimos falta de qualquer coisa. Livres dos apegos, estamos abertos para a vida.