Em pacientes com doença de parkinson cujo tratamento não alcança os resultados desejados ou existem efeitos colaterais graves relacionados à medicação, tais como as discinesias flutuantes, yo-yoing e outros, pode ser indicado um tratamento cirúrgico para a doença.
As primeiras cirurgias para a Doença de Parkinson se baseavam na realização de uma lesão por radiofrequência em alvos determinados na região dos gânglios da base. O inconveniente desse tipo de procedimento é que se a lesão é maior do que a planejada, a cirurgia pode resultar em perda de força de um lado do corpo, semelhante à causada por um acidente vascular cerebral. Alguns procedimentos foram proscritos, como certas lesões cirúrgicas bilaterais porque causavam a perda da linguagem e uma paralisia geral (mutismo acinético).
Atualmente, temos uma nova opção para casos selecionados que consiste na introdução de um dispositivo intracerebral para a estimulação elétrica dos alvos escolhidos. Essa técnica é denominada "deep brain stimulation (DBS)", ou em português, "estimulação cerebral profunda". As vantagens dessa estratégia incluem um menor dano cerebral (não se causa lesão por radiofrequência) e os geradores dos pulsos elétricos que ficam implantados sob a pele podem ser controlados remotamente para um melhor ajuste da "dose" de descargas necessária para controle dos sintomas. Permanece a dificuldade técnica, sendo necessário um bom preparo e indicação do procedimento pelo neurologista responsável pelo paciente e a intervenção de um neurocirurgião experiente para o implante dos eletrodos. Outro problema é o custo desses sistemas eletrônicos ainda bastane dispendiosos.
De qualquer modo, essa é mais uma abertura no horizonte do tratamento para os pacientes parkinsonianos que cada vez mais convivem harmonicamente com a doença, graças aos novos tratamentos disponíveis.
Para visualizar o esquema de colocação da DBS, assista ao vídeo relacionado ou clique no link abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=B6sqV7bEPo0&feature=related
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